22.4.13


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[Resenha] Extraordinário - R. J. Palacio

Olá meus queridos (:
Esses dias de leitura têm sido especiais para mim. Hoje vou falar sobre um lançamento da Intrínseca que deu muito o que falar e me deixou louca para conhecer. Vamos?

Extraordinário capa revisao 03
  Título: Extraordinário
  Autora: R. J. Palacio
  Editora: Intrínseca
  Páginas: 320
  Ano: 2013
  Skoob (:
  Onde comprar? Livraria Cultura | Buscapé






Sinopse: August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de verdade... até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros. 
Narrado da perspectiva de Auggie e também de seus familiares e amigos, com momentos comoventes e outros descontraídos, Extraordinário consegue captar o impacto que um menino pode causar na vida e no comportamento de todos, família, amigos e comunidade - um impacto forte, comovente e, sem dúvida nenhuma, extraordinariamente positivo, que vai tocar todo tipo de leitor.


August Pullman, ou Auggie, está muito distante do comum, algo entre o céu e a terra em quilômetros [ida e volta, de preferência]. Ele teve um azar homérico ao sofrer uma combinação de mutações gênicas que resultou em uma alteração chamada disostose bucomaxilofacial, em que seu rosto foi mal formado na vida intrauterina. Filho mais novo de um casal de irmãos, seus pais são os mais amorosos e protetores do mundo. Ele cresceu estudando em casa, por motivos óbvios, e a cada vez que saia de casa sua irmã – Via, ou Olivia  parecia uma onça cuidando da cria ao proteger o irmão.

Tudo isso fez com que Auggie crescesse protegido, inseguro e bastante mimado, mas nada disso mudou sua essência doce e leal. Acho linda a lei natural do mundo de compensação, como na história, Auggie compensa a falta dos padrões físicos de beleza com tanto carisma e beleza interior – para quem estiver disposto a se aventurar e conhecer além da sua aparência pouco agradável. Ele é capaz de fazer piadas e rir do que deveria ser a sua desgraça. Consegue amar e ver beleza nas coisas ao seu redor, sem se deixar abater pela amargura do desprezo que sempre sofreu. Fiquei pensando nos (pre)conceitos idiotas que temos quando somos crianças e como nossos pais são responsáveis por moldar nossa personalidade e na criação dos valores, e não posso deixar de pensar na quantidade de pessoas por aí que não teve esse tipo de orientação e sai machucando os outros com suas palavras e sentimentos torpes.
Aos 10 anos, os pais de Auggie acharam que seria o tempo adequado para que fosse à escola. É na Beecher Prep que ele vai conhecer e sofrer com o quanto crianças podem ser más, mas também vai passar por experiências loucas e enriquecedoras, que faz com que o leitor fique torcendo em tempo integral e vista a camisa do garoto.

extraordinario

O livro não é desafiador, desde a ilustração inicial já sabemos perfeitamente como a história vai se desenrolar e do que ela trata, não que isso seja um demérito para o livro, de forma nenhuma. 
Sei que não sou um garoto de dez anos comum. Quer dizer, é claro que faço coisas comuns. Tomo sorvete. Ando de bicicleta. Jogo bola. Tenho um Xbox. Essas coisas me fazem ser comum. Por dentro. Mas sei que as crianças comuns não fazem as outras crianças comuns sairem correndo e gritando do parquinho. Sei que os outros não ficam encarando as crianças comuns aonde quer que elas vão.
De fácil leitura, em capítulos curtinhos e com tiradas engraçadíssimas, ele passa num piscar de olhos. Há a narrativa de diversos personagens, que podem ou não falar sobre um mesmo período de tempo, mas não tem como se arrepender ou achar que a leitura foi um tempo perdido. Depois das narrativas de Auggie, obviamente as melhores, a da sua irmã [Via] é com certeza fantástica.
A parte física do livro é ótima, com uma capa e diagramação impecável, como sempre, da Intrínseca e  letras em excelente tamanho, se tornou um convite perfeito à leitura.
Uma delicia de livro, ao seu modo.

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4 comentários:

  1. AAh quero muito ler *-*
    Só vejo comentários bons sobre ele e minha vontade de ler só aumenta mais e mais.
    Beijos...

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  2. Oi, Lilian!!!

    Nem sei o que falar dessa resenha -.- → ♥♥♥♥♥ ... isso quer dizer que ameeeei!!!!!! Só a ideia geral do livro já me cativou! Achei fofo demais: a capa, o "slogan" de divulgação (queria literalmente vestir a camisa - bem que a intrínseca poderia ter eito umas camisetas para sortear).

    Tenho suas indicações de livros no mais alto conceito, então quando você fala coisas tão lindas sobre um livro eu fico sempre morrendo de vontade de ler! Esse em especial parece ser um livro que todos deveriam ler e parar para refletir um pouco.

    O que mais gostei, além do Auggie, foi da Olivia *__* que fofa!! Acho que no lugar dela faria o mesmo, já que é impossível não querer proteger uma criatura tão fofa dessas... mesmo que superproteger não seja muito indicado -.-

    Nem preciso dizer que adoraria ler, não é? Daqui a pouco terei que fazer uma listinha só com as suas indicações e distribuir por aí, até encontrar almas caridosas, que queiram poupar meu pobre coração de leitora de tanta ansiedade e curiosidade (pode ser um pouco de drama de minha parte, mas para todos os efeitos "a culpa é da Lilian"... e digo para lerem suas resenhas rs).

    Ah! Esqueci de dizer, logo quando "Extraordinário" foi lançado eu ganhei o marcador dele na livraria, então acho que é o destino, eu tenho que ler v.v

    Até!! o/
    Bjs.

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    Respostas
    1. Awnnnnnnnnnnnnnnnnn S2

      Realmente o livro faz por merecer cada um dos elogios, ele é fantástico para o que se propõem ~criar uma ponte para discussões mais profundas além do bullying e desrespeito~ e tem uma narrativa super atraente.

      O Olivia é um achado nesse livro. A autora conseguiu demonstrar muito bem todo o amor e união de uma família em torno do "problema" de Auggie, inclusive mostrando os conflitos e exclusões que cada um dos membros sofreu [inclusive a Via].

      "A Culpa é da Lilian" teve um caráter um tanto quando "Greenesco"? Hauhauahua lisonjeada ^^

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  3. Sim!! Totalmente "Greensesco" (bom termo!) ^.^ Sabia que você ia perceber rsrs
    :*

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