2.6.14


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[Resenha] O Lado Mais Sombrio – A.G. Howard

O Lado Mais Sombrio

Título: O Lado Mais Sombrio
Série: Splintered - Livro 01
Autora: A.G. Howard
Editora: Novo Conceito
Páginas: 368
Ano: 2014
Classificação: 3/5

Skoob

Onde comprar? Livraria Cultura | Submarino

Cortesia da Editora :)

 

Sinopse: Alyssa Gardner ouve os pensamentos das plantas e animais. Por enquanto ela consegue esconder as alucinações, mas já conhece o seu destino: terminará num sanatório como sua mãe. A insanidade faz parte da família desde que a sua tataravó, Alice Liddell, falava a Lewis Carroll sobre os seus estranhos sonhos, inspirando-o a escrever o clássico Alice no País das Maravilhas. Mas talvez ela não seja louca. E talvez as histórias de Carroll não sejam tão fantasiosas quanto possam parecer. Para quebrar a maldição da loucura na família, Alyssa precisa entrar na toca do coelho e consertar alguns erros cometidos no País das Maravilhas, um lugar repleto de seres estranhos com intenções não reveladas. Alyssa leva consigo o seu amigo da vida real – o superprotetor Jeb –, mas, assim que a jornada começa, ela se vê dividida entre a sensatez deste e a magia perigosa e encantadora de Morfeu, o seu guia no País das Maravilhas. Ninguém é o que parece no País das Maravilhas. Nem mesmo Alyssa...

Inicio minha defesa de opinião sobre esse livro com uma confissão dolorosa: Nunca li Lewis Carroll na vida. E tamanha transgressão só pode ser explicada por aquele meu medo irracional de ler clássicos amados por todos e não gostar deles da mesma forma. Lamento, mas é a verdade, altas expectativas de leitura me causam certo pânico e acabo protelando indefinidamente alguns possíveis amores literários. Então, dito que não posso tecer comparações sobre a “adaptação” – ou seria melhor usar as palavras da autora e me referir como “Psicodélico tributo à Carroll” -, posso começar a falar do livro que li e me deixou em dúvida.

A. G. Howard é mãe de família, com dois filhos e trabalhando em uma biblioteca começou a escrever seu primeiro livro, projeto que durou sete anos. Por todo esse tempo, ela foi moldando a história de Alyssa Gardner, a garota que é descendente de ninguém menos que Alice, d’O País das Maravilhas.

A vida de Alyssa não é nada fácil, com uma mãe reconhecidamente louca - internada em sanatório, inclusive -, e por medo dessa herança genética, essa adolescente tenta ignorar os murmúrios e conversas que parecem vir de todo lugar, alucinações que anunciam sua perda de sanidade: plantas e insetos que conversam e interagem entre si. Só que, o que parece ser uma loucura genética, na verdade, pode ser uma maldição familiar, gerada por Alice e sua ida ao País das Maravilhas. Alyssa vai precisar entrar na Toca do Coelho e consertar algumas coisas.

Por tantos anos, as mulheres de nossa família foram tachadas de loucas, sem o serem. Podemos ouvir coisas que outras pessoas não podem.

Essa é minha única oportunidade de encontrar o País das Maravilhas, livrar a linhagem Liddell de sua maldição e salvar Alison. Se eu conseguir fazer isso, poderei enfim ser normal. Talvez normal o bastante para revelar a Jeb o que eu sinto.

O livro tem todos os elementos para fisgar um adolescente: garota problemática, porém cheia de estilo e gótica; amor não correspondido por um amigo de infância com quem possui problemas mal resolvidos, ele é lindo e, claro, comprometido com a garota mais detestável e mais-bonita-da-escola-inteira; fuga para um mundo mágico, onde seus pequenos problemas na escola não significam nada, porque, né, o País das Maravilhas pode não ser tão receptível e idílico assim e; busca por consertar as coisas e salvar sua família de uma sina de loucura.

Ah, sabe aquela pitada de romance adolescente, em que sempre tem a dúvida entre aquele amor seguro ou aquele romance arrebatador e sensual? Pois sim, Alyssa vai ter que decidir isso na sua ida ao País das Maravilhas também.

Ele é uma contradição: magia contida pronta para entrar em ação, gentileza em guerra com a severidade, uma língua tão afiada quanto a ponta de um chicote, mas a pele tão macia que a sensação é a de que ele está envolvido em nuvens.

Realmente adorei a pegada gótica do livro, mesmo não tendo intimidade com esse tipo de leitura, mas no meio de cada capítulo ficava uma incômoda sensação de que a autora estava por um fio de se perder na história, algo como “Não, pera. O mistério está ficando um tanto claro demais, me deixe incrementar um pouco mais”, e isso tirava um pouco da graça da leitura. Gostaria de poder conferir o original e comprovar que nada se perdeu, tirar algumas dúvidas, mas com essa impossibilidade acabo ficando com aquele pé atrás com a autora, e isso não é justo com a leitura.

Ao final, quando os mistérios vão começando a ser solucionados, a história da família de Alice vai ganhando mais sabor e o desfecho acaba sendo muito satisfatório. Tanto que, para mim, a continuação tem que ser muito inovadora para não se tornar desnecessária.

Resenha escrita pela Lilian :)

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2 comentários:

  1. Oi Mi e Lilian!
    Gostei da resenha! Já tenho esse livro aqui mas ainda não li. Adoro a história de Alice no País das Maravilhas e tudo relacionado à ela.

    Beijos,
    Sora - Meu Jardim de Livros

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  2. Pegada gótica, que diferente, o livro parece ser ótimo, fiquei bastante interessada em ler!

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