8.8.14


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[Resenha] A Vida do Livreiro A.J. Fikry - Gabrielle Zevin

Título: A Vida do Livreiro A.J. Fikry
Autora: Gabrielle Zevin
Editora: Paralela 

Páginas: 192 
Ano: 2014 
Classificação: 5/5 

Cortesia da Editora :)


Sinopse: Uma carta de amor para o mundo dos livros “Livrarias atraem o tipo certo de gente”. É o que descobre A. J. Fikry, dono de uma pequena livraria em Alice Island. O slogan da sua loja é “Nenhum homem é uma ilha; Cada livro é um mundo”. Apesar disso, A. J. se sente sozinho, tudo em sua vida parece ter dado errado. Até que um pacote misterioso aparece na livraria. A entrega inesperada faz A. J. Fikry rever seus objetivos e se perguntar se é possível começar de novo. Aos poucos, A. J. reencontra a felicidade e sua livraria volta a alegrar a pequena Alice Island. Um romance engraçado, delicado e comovente, que lembra a todos por que adoramos ler e por que nos apaixonamos.

O que dizer de um livro que possui em sua quarta capa a indicação de livreiros e fala sobre a vida e (des)amor de um carinha assim, tão apaixonante e mítico para todos os que adoram livros? Nem preciso falar das expectativas que envolviam/encobriam/sufocavam esse livro quando, finalmente, peguei para ler/cheirar/amar.
O carinha em questão, A. J. Fikry, é dono da única livraria da longínqua Alice Island. Um cara cheio de convicções literárias muito frias – até cruéis, eu diria.

“Que tal eu falar do que não gosto? Não gosto de pós-modernismo, ambientações pós-apocalípticas, narradores post mortem nem de realismo mágico. [...] Não gosto de mistura de gêneros, tipo romance literário de detetive ou fantasia literária. Literatura é literatura, gênero é gênero, misturar as coisas não costuma dar muito certo.”

Essa é a forma, delicada, com que A. J. recebe sua nova representante vendas, Amelia. O cara é um armário cheio de conhecimento literário e ignorância sentimental, ponto final. Ele é viúvo e acha que a vida está bem se conseguir vender livros suficientes para comer, beber e esquecer. O clichê aí quase bateu na porta, mas a autora tornou isso engraçado e recheado em menos de 200 páginas.

Quando o livro mais famoso do seu acervo é roubado e ele recebe um “pequeno presente”, a vida fica nem tão fácil, mas o nosso detestável A.J. vai começar a aprender algumas coisas importantes sobre como gira o mundo. Ah, isso tudo com muito contexto literário, muitas indicações e referências deliciosas. Eu quis grifar cada uma das indicações e correr a procura de todos para mim – desejo que permanece em cada vez que folheio o livro, querendo uma releitura.

Engraçado que o personagem não suporta livros com menos de 150 e mais de 400 páginas, prefere não-ficção e detesta juvenis. Imagine um livreiro assim, como sobreviver e indicar aos clientes? Eu ria muito da rabugentisse do A.J, de seus amores e desamores – literários e não literários.
Um livro que virou favorito e quero reler muitas vezes; me deixou encantada mesmo. Li algumas resenhas negativas sobre a história e até entendo que gosto não se discute, mas esse foi um livro que, para mim, valeu a pena do início ao fim. A leitura não é rápida e gentil para quem, como eu, quiser aproveitar todas as indicações dadas pela autora, mas é deliciosa, simplesmente.

Resenha escrita pela Lilian :)

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3 comentários:

  1. Ah, eu gostei bastante desse livro! Também não entendi a galera que tem falado mal dele. O livro nem entra na minha lista de melhores do ano, mas vi gente dizendo que a leitura dele é chata, que não acontece nada no livro. Oi? Fiquei com a impressão de que quem reclamou está muito acostumado aqueles livros juvenis e young adults com roteiros cheios de acontecimentos absurdos. Mas enfim, gosto não se discute, né.
    Bem, eu também tenho um blog, e em breve publicarei uma resenha desse livro lá. Adoraria que você lesse! :)
    www.literasutra.com

    Um abraço! Voltarei aqui mais vezes.

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  2. Fiquei muito curiosa com a história e ansiosa por conhecer um pouco mais sobre esse rabugento de carteirinha! E é claro, comparar a minha parca experiência literária com a dele... E quem sabe não farei o mesmo que você e sairei pelas livrarias e bibliotecas da vida procurando me reencontrar nessas referências que ele faz?

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  3. Confesso que o título e a capa não me despertaram interesses quando vi na livraria, diferente de vários outros títulos que atualmente estou interessada. Mesmo que a resenha tenha tornado ele um pouco mais interessante, no meu ponto de vista. Não sei se eu iria inclui-lo no meio da minha "pilha" atual. rsrs

    Bejos, AnnGominho

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