Rascunhos de Diva: [Resenha] Paper Hearts

Olá, leitores!

É muito bom estar de volta no blog e que design lindo a Mi e a Ju prepararam, né?

Bom, se você já acompanhava o blog, deve saber que eu amei Kaleidoscope Hearts (clique aqui para ler a resenha). Quando a autora anunciou que os melhores amigos de Elle e Oliver teriam seu próprio livro, é óbvio que eu tive que correr para ler.

Verdadeiras histórias de amor nunca terminam.

Assim como Elle e Oliver, protagonistas do primeiro livro, Mia Bennett e Jensen Reynolds também tiveram sua cota de empecilhos em seu relacionamento amoroso no passado.

E é essa parte da história que somos apresentados em Torn Hearts, uma prequencia que está incluída no início de Paper Hearts e toma lugar enquanto os dois personagens principais estão na faculdade: ela em sua cidade natal e ele em Nova York; com flashbacks de quando tudo começou, dois anos antes.

É onde ficamos sabendo que, apesar de ainda estarem apaixonados, e conversarem por todos os meios de comunicação possíveis, os dois concordaram que, com a distância, poderiam se envolver com outras pessoas durante o tempo afastados.

Mia não sentia, com outros caras, o que sentia com Jensen.

—Mia, você sabe que eu gosto de você, certo? – Adam perguntou em uma voz suave.
—Eu gosto de você também. – eu disse, olhando para seus olhos azuis brilhantes.
—Mas... – ele disse, rindo ao correr sua mãe por seu cabelo loiro ondulado.
—É apenas...
—Você ainda está afim do Jensen. Adam e eu saíamos com os mesmos grupos – os artísticos – que Jensen.
—Eu... – Eu respirei fundo e sorri para ele. – Ainda podemos ser amigos?
Ele assentiu, sorrindo, e então balançou a cabeça.
—Eu não posso acreditar que você está me colocando na friendzone em nosso terceiro encontro.
—Sinto muito.

O problema é que Jensen, apesar de também não se sentir da mesma forma com as outras garotas, se envolveu com alguém.

E o resultado disso foi mais devastador para a relação dos dois do que eles esperavam, afinal, nós nem sempre conseguimos controlar as consequências dos nossos atos.

Eles se separaram de forma dolorosa para ambas as partes e, mesmo cinco anos depois, quando finalmente se reencontram, nenhum deles havia realmente superado um ao outro.

Seus destinos se cruzam novamente quando Mia aceita um trabalho temporário como fotógrafa em Nova York, uma ponte para o trabalho que ela realmente almejava e, surpresa!, ela precisa trabalhar num projeto com... Jensen.

Jensen agora é um escritor de sucesso, e um homem que eu simplesmente não consegui não me apaixonar.

E Mia também não conseguia evitar sentir tudo o que ela sempre sentiu pelo ex-melhor amigo e namorado, porém os medos de se decepcionar e ter seu coração quebrado novamente ainda a assombram e Jensen terá que trabalhar para quebrar as defesas de seu grande amor e por uma segunda chance.

Parece que se toda vez que precisamos de algo, a vida encontra um jeito de nos dizer para sentar e esperar.

Mia é um pouco imatura. Isso em ambos os tempos da história, e acho que esse foi um ponto determinante no passado, quando essa diferença entre eles se tornou mais pronunciada.

Os dois erraram naquele ponto. Ele por achar que só havia uma resposta. Ela por não ver que ele estava fazendo o que ele considerava o correto. E quando somos apresentados à infância de Jensen, pela primeira vez eu pendi pelo lado do mocinho ao invés da mocinha, apesar de não eximí-lo em nada da culpa pelo motivo da separação. Ele errou muito feio. Eu apenas entendia o motivo da escolha dele.

Por ser escritora, eu amo livros onde um dos personagens é escritor – e esse fato tem importância no enredo do livro – e foi perfeita a maneira como a Claire inseriu isso na história. Não quero revelar o motivo disso, é algo que precisa ser sentido no decorrer do livro, mas posso dizer que é a arte deste livro, como as esculturas de papel era a arte do livro anterior.

Eu amo as crônicas do Jensen Talks e como elas conseguiam me tocar e como me pareciam verdadeiras o tempo todo. É o tipo de texto que eu gosto de ler e eu totalmente leria e amaria e seria fã do autor se ele existisse na vida real. E como o livro é todo narrado pela Mia, essas crônicas nos dá uma noção de todos os aspectos da vida do Jensen contado por ele mesmo.

Como você descreveria o sentimento de amor em 140 caracteres ou menos?
Resposta: Como se alguém estivesse segurando o seu coração e você não quisesse que ele soltasse porque a dor seria maior sem ele.

Olivia é uma personagem à parte, que apesar de eu ter precisado cortar todas as menções a ela ao longo da resenha, eu apenas achei que valia um comentário. Não é nenhum segredo de estado, mas eu odeio qualquer tipo de spoiler, então evito o máximo que puder de spoilar os outros, entã não vou revelar muito, mas esse tipo de tema é mais comum trabalhado ao contrário, e eu achei interessante a troca porque a recíproca também é verdadeira.

Minha vida mudou. Eu mudei, mas o meu amor por você é constante. Se qualquer coisa, está maior. Você plantou uma semente dentro de mim que se espalhou como uma hera pelo meu coração. Não espaço para mais ninguém.

A escrita da Claire Contreras é fluída, honesta e envolvente, te prende até a última página. Traz uma grande carga dramática e eu sei que tem muita gente que não gosta, mas posso afirmar que não é nenhum dramalhão mexicano, que todos os pontos abordados são bem trabalhados e coerentes com seus personagens e suas bagagens e num tempo agradável.

Paper Hearts é um livro sobre segundas chances, mas também sobre palavras, sobre confiança, sobre expectativas do futuro e sobre sonhos, mas principalmente, sobre o amor e tudo o que vem dele e com ele.

Se tornou uma das minhas leituras favoritas de 2015 junto com Kaleidoscope Hearts e colocou a autora na minha listinha de autores que têm prioridade de leitura quando lançam livros novos. ♥

Curiosidade: o Jensen tem uma conta no Twitter e na época do lançamento, ele postava coisas relacionadas ao livro e respondia todas as menções. Você pode segui-lo aqui: @JRChronicles

A editora LeYa possui os direitos de publicação do primeiro livro, mas como até agora eles não divulgaram nada sobre a publicação, ficamos aqui sem saber se Paper Hearts também será lançado por aqui e, se sim, quando.

Além disso, o terceiro livro, Elastic Hearts – que conta a história do Victor, o irmão ciumento da Elle – acaba de ser lançado na gringa, será uma das minhas próximas leituras e a autora já deixou bem claro que, ao contrário dos livros anteriores, não se trata de uma história de segundas chances, o que me deixou bem curiosa para conhecer Victor e Nicole.

Se eu gostar, depois volto para contar para vocês!