8.3.12


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[Resenhando #48] Confissões de um Turista Profissional - Kiko Nogueira




Título: Confissões de um Turista Profissional
Editora: Novo Conceito
Páginas: 94
Ano da Edição: 2011


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Quem gosta de viajar, e viaja mesmo (isto é, não faz turismo pra inglês ver), sente uma vontade danada de falar a verdade sobre os lugares que visitou. Coisas como: vale a pena todo aquele trabalho no Louvre para não ver a Monalisa? Existe algum lugar mais insalubre do que uma barraca de praia no Nordeste? Ou ainda: o que o Brasil precisa de mais uma obra de Oscar Niemeyer, o veterano arquiteto que deixa um rastro de concreto aonde quer que vá? Mas falar essas coisas é, no mínimo, tornar-se chato. Pois Jota Pinto Fernandes, alter ego de Kiko Nogueira, é o chato que vive em cada viajante.




Eu não costumo ler muitas revistas especializadas em viagens e turismo, sou um pouco descrente quanto a isso, mas sejamos sinceras, quantas vezes você viu uma foto ou descrição de um ponto turístico e se empolgou, só que ao chegar lá a realidade se tornou muito diferente da expectativa?! Eu não tenho larga experiência em férias fora – na verdade só conheço dois Estados além do meu – mas mesmo assim já me foi prometido uma praia paradisíaca e, ao chegar ao local, o que encontrei foi um laguinho bem sem graça. É com esse sentimento que lemos as recomendações e histórias desse livro, que pode ser considerado um guia também – eu diria. O autor nos presenteia com um pouco da grande experiência que possui em viagens, formas de torna-las mais baratas, seguras e aproveitáveis.

Divertidamente, o que Kiko Nogueira nos oferece nestas 37 crônicas é uma grande viagem à vários lugares do mundo, com indicações, chatices, curiosidades, gastronomia e muita, muita rabugentice...

Como Nortista, me senti compreendida quando ele defende o resto do país no trecho:
"Jota Pinto acha que Dubai é uma miragem tirada de uma loja de abajures do centro de São Paulo, que pousadas românticas as quais não aceitam crianças são racistas e que os paulistas estão para o Brasil assim como os americanos estão para o mundo (Página 8)"
Mas também discordei dele na crônica que diz que aqueles que reclamam por pagar pouco deveriam reconsiderar pagar um pouco mais por bons serviços.
"O problema é a nossa eterna vontade de reclamar e de esperar um padrão Fasano, comendo no McDonald’s. O que é mais triste: vai dar errado, vamos ficar indignados e iremos ao Procon. E, perto do próximo feriado, vasculharemos a internet de madrugada, atrás daquela barbada de última hora (Página 71)"
Enfim, apreciei a leitura leve, fluida e divertida do livro não só porque concordei com todas as crônicas escritas, porque conheça todos os lugares e situações descritas, mas por ter relembrado viagens gostosas na infância, embaraços do autor que também passei e chegado ao fim do livro com vontade de conhecer mais do que Kiko Nogueira escreve. 


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