15.9.12


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[Resenhando #71] BT: Reencontro - Leila Krüger


Título: Reencontro
Autora: Leila Krüger
Editora: Novo Século
Selo: Novos Talentos da Literatura Brasileira
Páginas: 494
Ano: 2011

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Sinopse: "Está bem no fundo. Não se pode alcançar... aos poucos, vai roubando o ar.” Ana Luiza vai perdendo seu fôlego: o fim de (mais) um grande amor, um pai distante, uma mãe fútil, uma amizade complexa e "pessoas que sempre vão embora". Com suas músicas de rock, seus livros e seus cigarros, Ana Luiza vê sua vida desmoronar. "O amor é uma ferida”, ela sentencia. Mas a “garota de olhar longínquo” tem um encontro inesperado com um alguém aparentemente muito diferente dela: os “olhos imensos”, que tudo veem... Presa em seu próprio mundo e rendida ao álcool e às drogas, Ana Luiza tenta fugir. Principalmente do temido amor, que tanto a feriu... Como encontrar, ou reencontrar o próprio destino? Até onde o amor pode ir, até quando pode esperar? O que há além das baladas de rock e dos poemas românticos? Poderá o amor salvar alguém de sua própria escuridão? Às vezes, é necessário perder quase tudo para reencontrar... e finalmente poder amar.



Olá Divas/os <3

Nem sei como expressar quantas saudades senti/sinto desse espacinho aqui, dos nossos encontros semanais e do conhecimento das delícias da leitura nacional que tenho o prazer de ter, através e pelo ID.

Essa semana tive a sorte da companhia de uma guria danada, a Ana Luiza, e participei do meu primeiro BT. 
Vamos saber mais?

Em Porto Alegre, no ano de 2005, Ana Luiza, típica garota-mulher na casa dos 20 e poucos, sofre conflitos por amores que não deram certo e a machucaram muito – apesar de todas as suas tentativas de se entregar. 

Não bastasse isso pra que ela se trancasse no seu mundinho, ainda sofre perdas e tem uma relação super conturbada com seus pais. É muita coisa pra uma cabecinha tão jovem e imatura, mas os problemas estão só começando pra essa morena de olhos azuis – e de coração sombrio e acinzentado.

Eu, um tanto quanto cética que sou, enquanto estava no inicio da leitura parava e pensava “mas essa criatura tem dinheiro, amigos e tudo mais o que quiser e está reclamando do quê?!?”, mas quem cria barreiras de gelo no coração bem sabe que o mundo não é tão fácil assim. Ok, a leitura me conquistou.

Ana Luiza cursa ou tenta cursar odontologia e nas horas vagas se desfaz em cigarros e bebidas pra esquecer suas decepções e canalizar as atuais frustrações... No meio dessa bagunça que é sua vida só duas pessoas acabam por vencer o muro criado por ela: Nana, amiga tão louquinha quanto ela, e Rafa, aquele garoto que chega de mansinho e conquista sua confiança num piscar de olhos.
- Eu não vou abraçar quem me fez mal, Rafa. Não vou dizer que tá tudo bem e esquecer. Quem errou não fui eu. O perdão não vai me salvar. 
-Ana... rancor e raiva... é plantar mato no próprio jardim. Sem perceber que assim o canteiro não vai florescer. No fim... o mato sufoca tudo, e é no nosso jardim que ele fica. É o nosso jardim que ele mata (pág. 208).
As partes que mais me tiraram aqueles sorrisos bobos foram as com letras de músicas e trechos de poesias, um adendo que me lotou de vontade de conhecer mais Clarice Lispector e Cecília Meireles. Os capítulos curtos dão aquela – já conhecida – vontade de ler só mais um pouquinho. Ah, o que seria da vida sem o romance e a poesia?
- O melhor de um sonho é poder sonhar junto... – ele disse (pág. 411).
Merece nota: ri e lembrei minha adolescência sem muita saudade, diga-se de passagem com as descrições do sofrimentos pelo Orkut e depoimentos de amor brega quando do término de uma relação.

Merece nota 2.0: as repetições de termos poderiam ser evitadas, perdi a conta de quantas vezes um certo Rafa lindo e perfeito teve seus olhos plácidos descritos.

Mas o livro traz reflexões sobre amadurecimento, depressão, barreiras criadas por nós por medo-trauma-tristeza e também enche um coração de coragem – principalmente os mais românticos. Vale muito a pena para quem anda em dúvida sobre o amor de Deus, esperança e redenção. Uma delicia de romance.
- O tal amor... como na música “Forever”, do Kiss... será que existe? Será que pode ser pra sempre? Ou é só... uma chama, como disse Vinícius de Moraes... De repente apaga, quando menos se espera. Se for assim... vale a pena se queimar nessa chama? (pág. 46-47).
Nem preciso dizer que sou fã de carteirinha desse selo da Novo Século, preciso? Todos os que li são do bom ao excelente e o primogênito da Leila – como ela mesma descreve seu livro – já ‘chegou chegando’. Super recomendado. 

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