Título: Carta de Amor Aos Mortos
Autora: Ava Dellaira
Classificação: 3/5
Autora: Ava Dellaira
Editora: Seguinte
Páginas: 344
Ano: 2014 Classificação: 3/5
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Cortesia da Editora :)
Sinopse: Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.
Na minha lista de leitura do ano
tem tido bastante livros juvenis e, longe de ser demérito, tenho aprendido
bastante sobre o gênero e aproveitado boas histórias. Livros juvenis contam de
forma mais leve, e geralmente com acontecimentos mais dinâmicos, sobre todos
aqueles dilemas próprios da idade, geralmente trazendo dramas trágicos e/ou
detalhes fantásticos, para que se dê mais valor àquilo que tem em casa. Como
não valorizar esse tipo de leitura para uma fase tão conturbada como a
adolescência? Claro que tudo que é demais, acaba cansando e com essa
superexposição tenho sentido necessidade de algo mais “sério” pra ler e
conhecer, mas descobri que gosto bastante da leveza do gênero, o que significa
também que acho ridículo todos aqueles “intelectualóides” dizendo que só é
literatura se vier de algum pós-doutorado e falar da pureza transcendental da
literatura. Todo rótulo só serve como guia inicial, não como definição
estabelecida, então, vamos valorizar a boa leitura, sem críticas nada
construtivas que só nos faz perder um tempo precioso em que poderíamos estar
conhecendo mais um livro em vez de discutindo.
De acordo? Então bora conhecer
mais um bom YA, mais uma promessa, que foi recém-lançado pela Cia das Letras,
através do selo Seguinte.
Pufavô, a capa desse livro é
linda! E ele ainda tem várias promessas que encantam o leitor, tais como
indicações de autores como Stephen Chbosky (do As Vantagens de Ser Invisível) e
Gayle Forman (do super comentado Se eu Ficar), além da premissa de uma
adolescente que escreve cartas para famosos mortos, missivas! Argh, muito amor
juvenil no coração.
Querido Kurt Cobain, Hoje, no fim da aula, quando a sra. Buster pediu para entregarmos as cartas, olhei o caderno em que tinha escrito aminha e o fechei. Assim que o sinal tocou, recolhi meu material e saí. Tem coisas que não posso contar pra ninguém além das pessoas que já não estão mais aqui.
Laurel está entrando no ensino
médio, e só isso já estressante e cria milhares de expectativas, mas existem
outras muitas coisas que atormentam sua cabeça e a impedem de ser uma
adolescente normal.
Seus pais estão separados há
vários anos, criando a instabilidade de dois lares, e recentemente Laurel
perdeu todo o seu porto seguro que tinha na vida, sua irmã mais velha May. Sem
seu ponto de referencia e cheia de dúvidas, Laurel aproveita a inspiração que
deveria ser para uma tarefa da escola e acaba escrevendo cartas para muitos
ídolos mortos.
Laurel esmiúça seus pensamentos
nessas cartas, coisa que não poderia fazer para ninguém mais, por ver culpa e
vergonha em muitos dos seus atos recentes. Quem melhor para nos ouvir do que
aqueles que já passaram pelo mesmo que nós – e, por acaso, já estão mortos e
não poderão usar isso contra ninguém.
A beleza no livro, pra mim,
esteve nas comparações que Laurel faz do que acontece na sua vida e cotidiano
com aquilo que viveram os ídolos, humanizando-os, trazendo cada um deles para a
esfera do falível, falhos até. Ela escreve para Kurt Cobain, Jim Morrison,
Janis Joplin, Amy Winehouse e tantos outros, de acordo com o que está
acontecendo e de quem precisa da compreensão e experiência. Quando ela se
emociona com os poemas de Elizabeth Bishop e recita “A Arte de Perder”,
contextualizando com a recente perda da sua irmã, eu quase choro de emoção
(muito sério isso, gente).
Querida Elizabeth Bishop, A arte de perder não é nenhum mistério. Eu bem sei. Os dias parecem transparentes, como se eu andasse sob aquele sol fraco que atravessa uma barreira de nuvens bem fina. Luz vazia. Não pousa.
Ou quando ela fala da morte de
Kurt, comparando a sua dor da perda com a dor dele em abandonar a todos:
"Nirvana” significa Liberdade. Liberdade do sofrimento. Acho que algumas pessoas diriam que a morte é exatamente isso. Então, parabéns por estar livre, acho. O resto de nós ainda está aqui, agarrado aos cacos.
O livro é cheio de poesia e dor,
e a forma como a protagonista faz as suas descobertas é muito coerente e
inspiradora, tudo isso precisa ser valorizado no livro, mesmo que eu tenha
achado que a história poderia ter sido contada, com igual valor e emoção, em
pouco mais da metade das páginas que o livro possui.
A dinâmica se perde um pouco nas
dúvidas de Laurel, na sua confusão. Achei algumas partes desnecessárias,
podendo ser cansativas, mas o conjunto da obra valeu muito a leitura. O final
do livro me emocionou tanto que fez esquecer a raiva que passei em alguns
momentos com Laurel e suas amigas irresponsáveis. Acho que a mensagem poderia
ter sido contada em 250 páginas com grande sucesso, mas não me arrependi nem um
pouco por aguentar alguns sapos para chegar ao jardim.
Beijos e até a próxima!
Resenha escrita pela Lilian :)
Oi Diva, li Carta de amor assim que lançou, de cara, quando vi a sinopse me interessei e adorei tê-lo comprado, gostei muito da temática e a dinâmica, acho que cada um tem uma maneira pessoal de trabalhar sua dor, Laurel faz isto de maneira tão intima e delicada!!! Parabéns pela linda resenha
ResponderExcluirOie Mi =)
ResponderExcluirLi esse livro recentemente e mesmo a Laurel me irritando um pouco, adorei a história.
Achei tocante a forma como a autora trabalhou com a dor da personagem.
Parabéns pela resenha flor!
Beijos;***
Ane Reis.
mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
@mydearlibrary
Oi Lilian! Li Cartas de Amor aos Mortos e amei, mas ainda não fiz a resenha. Adorei o modo como você escreveu sobre o livro. Laurel me deixava um pouco entediada às vezes e eu me perdia um pouco durante a leitura, mas a narrativa da Ava é fantástica. Parabéns! Beijos
ResponderExcluirLetícia Valle
Litteratura Mundi
O livro parece ser bem legal, mas eu to no momento de querer livros alegres, engraçados, que levantem meu astral e esse parece ser um livro mais triste e mais reflexivo, então no momento nao leria.
ResponderExcluirGostei muito da resenha! Já faz muito tempo q quero ter este livro, acho q vou amar, pois gosto muito de cartas!
ResponderExcluirO livro parece ser ótimo, história bem diferente e super emocionante, estou bastante interessada em ler!
ResponderExcluirOieee nossa já ouvi falar mtoooo desse livro m,ais unca tive a oportunidade de ler, antes de ler sua resenha achei que se tratava de algo mais de terror, por isso que tive um pouco de receio pois odeio terror, mais dpois de sua resenha vi que nao tem nda disso, ameei muitooo vou compra-lo para poder ler bjooos
ResponderExcluirOIIIII
ResponderExcluirAdorei a resenha e espero conseguir incluir ele em minha próxima lista de compras literárias rs Abraços
lumenseries.blogspot.com.br