23.5.12


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[Resenhando #64] Viva para Contar - Lisa Gardner


Olá Divos/as, como estamos nessa semana? Mais uma resenha, e tenho muitos assuntos para discutir com vocês. “Vambora?”

VIVA_PARA_CONTAR_

Título: Viva para Contar
Autora: Lisa Gardner
Editora: Novo Conceito
Edição: 2012
Páginas: 480

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Sinopse: Em uma noite quente de verão, em um bairro de classe média de Boston, um crime inimaginável foi cometido: quatro membros da mesma família foram brutalmente assassinados. O pai — e possível suspeito — agora está internado na UTI de um hospital, entre a vida e a morte. Seria um caso de assassinato seguido por tentativa de suicídio? Ou algo pior? D. D. Warren, investigadora veterana do departamento de polícia, tem certeza de uma coisa: há mais elementos neste caso do que indica o exame preliminar. Danielle Burton é uma sobrevivente, uma enfermeira dedicada cujo propósito na vida é ajudar crianças internadas na ala psiquiátrica de um hospital. Mas ela ainda é assombrada por uma tragédia familiar que destruiu sua vida no passado. Quase 25 anos depois do ocorrido, quando D. D. Warren e seu parceiro aparecem no hospital, Danielle imediatamente percebe: vai acontecer tudo de novo. Victoria Oliver, uma dedicada mãe de família, tem dificuldades para lembrar exatamente o que é ter uma vida normal. Mas fará qualquer coisa para garantir que seu filho consiga ter uma infância tranquila. Ela o amará, independentemente do que aconteça. Irá protegê-lo e lhe dar carinho. Mesmo que a ameaça venha de dentro da sua própria casa. Na obra de suspense mais emocionante de Lisa Gardner, autora best-seller do The New York Times, a vida dessas três mulheres se desdobra e se conecta de maneiras inesperadas. Pecados do passado são revelados e segredos assustadores mostram a força que os laços de família podem ter. Às vezes, os crimes mais devastadores são aqueles que acontecem mais perto de nós.



Esse livro pode ser classificado como ficção policial ou suspense, mas o assunto tratado – e o texto – é forte. Realmente muito forte. Ele nos prende, nos envolve, nos faz ter medo de passar por aquilo de tal maneira, que fiquei muito tempo com o livro na mão pensando no que tinha acabado de ler no último capítulo.

Danielle é uma enfermeira com especialidade em psiquiatria infantil de 34 anos, mas nada mais há de normal em sua rotina ou seus sentimentos. Ela não dorme bem, não se alimenta adequadamente, a única coisa que ela quer é trabalhar em tempo integral para tentar esquecer a data de aniversário que está se aproximando. É como ela mesma diz, esse é o dever da única sobrevivente.

Eu procurava por uma resposta que nunca encontrei.
Meu pai matou a família inteira, exceto a mim. Será que aquilo significava que me amava mais do que aos outros, ou me odiava mais do que aos outros? (página 7)

Quando tinha 9 anos de idade, o pai de Danielle matou toda a sua família – sua mãe e dois irmãos – e atirou na própria cabeça na frente dela, deixando claro que ela teria que viver para contar o que aconteceu. Esse passado a assombra há 25 anos, quando a sargento D. D. Warren chega até o hospital em que Danielle trabalha para investigar a morte de uma família inteira, provavelmente causada pelo pai, que mata a esposa, os filhos e depois atira na própria cabeça.

Enquanto tudo isso de desenrola, Victoria, uma mulher forte e determinada, luta com seu filho pela sobrevivência de ambos. Acontece que o pequeno Evan – de 8 anos – tem alguma disfunção cerebral que o faz sentir ao extremo todos os sentimentos. Quando ele ama, ama com tudo o que tem, com sorrisos, pulos e carinhos, mas quando sente raiva, esbraveja, agride e pode matar sem pestanejar. Victoria vive trancada em casa cuidando da bomba relógio que é seu filho, já que seu marido foi embora com sua filha mais nova, por medo de que Evan acabasse matando a todos.

O livro é contando em cinco dias – de quinta a segunda-feira – e é divido em capítulos que têm a perspectiva de cada uma das protagonistas – Danielle, D.D. e Victoria. Tudo isso faz com que o livro seja muito angustiante e viciante. A estória acontece de maneira rápida e a sequência de ações vão tirando o fôlego e deixando qualquer criatura meio louca.

Eu não parava de pensar em como seria ter um filho doente mental tão agressivo, e mesmo sabendo que um dia ele poderia conseguir me matar, não deixar de amá-lo e me dedicar a ele, não conseguindo largá-lo em um centro psiquiátrico. Não parava de pensar também no quanto de história um centro psiquiátrico pode contar, no quanto de terror já passaram as crianças que podem estar lá.

Por que mesmo sabendo que a maioria dos que estão internados em uma ala de psiquiatria infantil irão se tornar os próximos psicopatas que sairão nos jornais, depois de ter matado de forma cruel muitas pessoas, elas ainda são só crianças. São pequenos seres humanos cheio de traumas e que sofreram tanto com a crueldade de adultos – na maioria seus pais – que a única forma que conseguem demostrar isso é se machucando, ou machucando outras pessoas.
Eu detesto perceber o quanto é fácil para um pai destruir a vida de um filho. Ainda vejo casos que deixam meu coração em pedaços. (página 476)
Essas coisas não saiam da minha cabeça, e a forma como a autora levou seu enredo – e devo palmas honrosas ao tradutor, que fez um trabalho incrível com a escolha das palavras – fez com que eu não conseguisse tirar o livro das mãos, mas tivesse que parar por diversas vezes para respirar e pensar no que me esperava nas próximas páginas. O conteúdo envolvendo crianças – que pra mim é o que tem de mais forte na ficção – fez com que eu demorasse muito para concluir a leitura, sendo este o livro mais demorado do ano para ser concluído, mas valeu a pena. Durante toda a leitura eu dava nota 4 no skoob, mas no fim não teve como não levar cinco estrelas. Eu amei o final e o achei muito coerente. A autora entra para os que “preciso ler mais”.

Fotos tiradas durante a leitura:
digramação
vivaa










Por essa semana é só. Nos vemos na semana que vem?
lilian













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